A série (Freud) da NETFLIX tem como ponto inicial os primeiros anos de carreira do médico neurologista/psiquiatra Sigmund Freud. O enredo da série passeia pelos primeiros experimentos do jovem Freud acerca da hipnose, mais precisamente os eventos que o levam a definir seu metódo prático para tratar pacientes psiquiátricos através da abordagem hipnótica.
Claro que o enredo é muito bem alinhavado pelos diretores, onde eles usam a história de uma sensitiva com poderes de premonição e presciência como pano de fundo para exemplificar como o psiquiatra chegou a desvendar os mais recônditos segredos da mente humana.
A mensagem ao meu ver mais importante na série, se deve ao fato que a todo momento Freud busca desconstruir a narrativa que perdurou bastante tempo no velho mundo, que os distúrbios mentais seriam causados por bruxaria e feitiços, informação essa que passou de gerações a gerações. Não que não haja em algum momento alguma relação de uma coisa com a outra, mas ao descobrir as portas do subconsciente, Freud no mínimo nos afirma que as duas abordagens necessitavam ser verificadas conjuntamente.
Ao desconfiar a principio que traumas de infância e adolescência poderiam ser a causa de diversas paranóias e histérias, faltava então saber como acessar esses momentos onde eram formados esses traumas, a série (Freud) nos ajuda a entender que a hipnose seria somente o primeiro desses mecanismos usados por ele em busca do reais motivos, era o inicio da carreira do genial psiquiatra, o pai da psicanálise.
(*) Natanael Castro, o editor.
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