A delícia gasosa criada em 1920, num pequeno laboratório de São Luís é tão apreciada e desejada pela cor e sabor que a Coca-Cola comprou a marca e adquiriu a fórmula, devido à concorrência regional e passou a produzir o produto genuinamente maranhense a partir de 2001.
Em 2015 o Guaraná Jesus foi oficialmente lançado em Roraima, antes era exclusividade do Maranhão. A partir de 2016 deixou de ser fabricado apenas no Maranhão e passou a ser produzido também em Brasília, numa versão Premium.
O certo que é pelo andar da carruagem em breve estará sendo fabricado em todo o mundo. É quase impossível dizer para um maranhense que não deve beber “Jesus” porque o doce “Pink” sabor de mel tem uma propriedade divina ou diabólica que leva ao vício. Se quiser ter a certeza do que digo coloque uma lata ou garrafa desse xarope em sua geladeira e deixe do anoitecer ao amanhecer e perceberá que até os ratos e baratas de ilha de upaon açu e dos municípios maranhenses, farão a festa noturna até consumir todo o estoque e, no dia seguinte sobrará o vazio do recipiente e o desejo do dono de comprar outro para deliciar-se com a família ou sozinho às escondidas para não compartilhar com ninguém, de tão gostoso que é.
O Papa é Argentino, Deus é brasileiro, mas Jesus é maranhense. Isso ninguém poderá negar. Enquanto escrevia essa crônica me deu uma vontade louca de tomar um “Guaraná Jesus”. Uma pena que nesse período de quarentena do coronavírus, às 22h o comércio e supermercado já estão fechados, e ainda que estivesse aberto não arredaria o pé de casa com medo dessa doença maldita. E eu vou dormir com água na boca!
De repente a minha neta me chamou para ler uma história para ela, antes de dormir. Eu logo pensei em inventar uma estória cor-de-rosa.
Parei de escrever, levantei da cadeira e sai do escritório, cheguei ao quarto, ela me disse: “Vovô o Senhor lê um livro para eu dormir”. Respondi leio sim. Ela trouxe cinco livros e espalhou sobre a cama. Eu perguntei se havia algum de capa cor-de-rosa. Ela respondeu não é assim vovô. E pediu para eu fechar os olhos e escolher aleatoriamente um dos livros para ler.
E vejam as coincidências da vida. Escolhi o livro “Cada um tem o seu jeito... cada um tem a sua história” E Lá pelo meio da história estava escrito “Quando se trata de preferências, elas são muito diferentes, cada uma gosta de uma cor. Gabi – Rosa; Manu – Vermelho e Marcela – Verde-água. E nas folhas finais dizia “Cada um tem seu jeito e suas escolhas; e, assim, elas vão construindo as suas histórias...” como Jesus Norberto Gomes construiu a sua história e do Guaraná Jesus. Nada ocorre por acaso!
Antes de concluir a leitura do livro a minha neta já dormia como um anjo. Deve ter um sonho cor-de-rosa. Tenho um amor sem medida por ela. Glória a Deus!
“Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais. ” (Marcel Proust)
(*) José Carlos Castro Sanches É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
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