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UM JOGO DE COMPADRES

Quando eu vi alguns setores da sociedade  indo para as ruas entre 2015 e 2016, exigindo o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, imaginava que a "oposição", naquele momento - cujos membros em termo de conduta em nada se diferenciavam dos membros do governo - estivessem apoiando os movimentos anti-Dilma por desejarem o fim do ciclo do PT no Governo, mas só hoje, analisando os fatos e gastando alguns neurônios, é que me dei conta que tudo não passou de um jogo de cartas marcadas, um jogo envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo para , em curto prazo, devolver o Governo ao PT, e assim, haver a continuidade do petismo e a possibilidade da instalação de uma República nos moldes bolivarianos.

Vamos aos fatos: A acusação principal era o fato da então presidente ter pago a conta dos programas sociais utilizando recursos dos bancos públicos, as chamadas "pedaladas fiscais". Acontece que este mesmo artifício fora usado nos dois governos FHC, nos dois governos Lula e no primeiro governo da própria Dilma. É fato que o governo amargava altos índices de impopularidade, não tinha boas relações com o Legislativo, e caso a presidente ficasse até o fim do mandato, com certeza seria o fim do ciclo do PT.

É justamente nesse ponto que começa o circo. Três figuras eminentes do arcabouço jurídico brasileiro apresentam os pedidos de impeachment: Hélio Bicudo, um ex-petista, mas que nunca deixou de ter posições de esquerda; Janaína Paschoal, que embora fosse candidata à deputada estadual pelo PSL naquelas eleições de 2018, já afirmou “que é muito mais socialista que qualquer outro" (https://www.huffpostbrasil.com/…/janaina-paschoal-sou-muit…/) e Miguel Reale Júnior, que sempre militou no PSDB, e posteriormente defendeu um pacto entre os candidatos de centro para evitar que Jair Bolsonaro ou Haddad vencessem a eleição no primeiro turno (https://epoca.globo.com/miguel-reale-junior-que-defendeu-im…). A questão é que reformas essenciais e impopulares para a recuperação da economia precisariam ser feitas, e tais reformas, por serem impopulares e consequentemente refletir no jogo eleitoral, tiveram que dar essa tarefa ao Temer - a grande verdade é que ele chegou a astronômicos 98% de impopularidade - e ainda fazer com a ex-presidente Dilma saísse como vítima. Indago: Que presidente elegeria o sucessor com índices de rejeição tão elevados?

Pois bem, Dilma Rousseff  embora tenha perdido a eleição para Senado em Minas Gerais, teve seus direitos políticos preservados e Haddad saiu de sexto para o segundo lugar na corrida presidencial em apenas quinze dias de campanha. Até então, com o petista Dias Tofolli na presidência do STF, ainda correríamos o risco de ter tido Dilma na presidência do Senado Federal e Gleisi Hoffman na presidência da Câmara dos deputados a partir de 2019. Hoffman venceu a eleição para deputada federal no Estado do Paraná. E caso Haddad tivesse ganho a eleição, o PT faria barba, cabelo e bigode, comandando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário! O teatro foi tão bem feito, que até a Constituição foi rasgada, pois como presidente afastada, Dilma teria seus direitos políticos suspensos por 8 anos! Muitos senadores que votaram a favor do impeachment, votaram a favor da preservação de seus direitos políticos. Isso pode?

Hoje, PT, PMDB e PP estão aliados em vários Estados nas disputas pelas prefeituras das capitais, e só quem não percebeu a farsa foi o povo bem-intencionado que foi às ruas exigir a saída de Dilma, quando o acordo já estava costurado entre os Poderes da República.

Mas agora, em 2020, temos a chance de mudar de verdade de duas formas: Primeiro: Não votando em nenhum candidato a prefeito que seja de qualquer partido aliado ao petismo, e segundo: votando nos candidatos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, porque se por azar ou infelicidade, a esquerda vencer nas duzentas principais cidades do país, corremos o sério risco de retroceder no tempo com o PT e aliados voltando ao poder, e desta vez será para beber o nosso sangue e devorar a nossa carne.

Sou anti-PT não apenas por ser de direita, mas por ser contra as políticas afirmativas nocivas à moral, à família, à Pátria e a coletivização de bens particulares apregoadas pelo partido e seus aliados. Entretanto, respeito todas as consciências e sei – digo por que conheço – que existe pessoas de caráter em qualquer partido, inclusive no PT. Eu já fui militante do PT na época de jovem, e sei muito bem o que estou afirmando.

(Hipólito Cruz, contabilista, pedagogo, bacharel em teologia, geógrafo e presidente (em exercício) do Partido Patriota em Chapadinha-MA.

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