O Antifas surgiu na Alemanha de Hitler, como ideologia capaz de combater o avanço do Nazismo e o Facismo de Benitto Mussolini na Itália. Podemos dizer que durante todo o regime nazista (1932-1945), o Antifaz se viu sufocado em suas atividades, todas elas muito bem neutralizadas pelo Terceiro Reich. Dessa forma, foi somente no pós-guerra por volta de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, que seus integrantes começaram a sair do anonimato, advinham dos galpões das fábricas e de conjuntos habitacionais, onde pequenos grupos de amigos se organizavam de forma secreta durante o regime para manter a chama dos ideais acesa. No pós-guerra esses grupos foram todos importantes no momento que governos provisórios faziam a transição por toda a Europa.
A primeira fase do Antifaz termina por volta de 1951, exatamente com a instalação da democracia em diversas nações européias, depois de anos de devastação politico-social proporcionada pelo regime nazista que tinha como objetivo conquistar todo o continente e depois o resto do mundo. Por volta de 1980 acontece o retorno do Antifas, agora com novas pautas, eram elas oposição ao Neonazismo, Racismo, Extrema Direita e Xenofobia. Acontece que nesse ressurgimento o grupo dividiria o seu espaço com outros grupos que reinvidicavam pautas parecidas. Portanto, o Antifaz que ressurge no inicio dos anos 80 e permanece até os dias atuais, em quase nada se parece com aquele surgido em meio a escalada do Nazismo. O mundo atual se mostra cada vez mais fragmentado, com diversidades de pautas e lutas, cada vez mais heterogêneas.
Num mundo cada vez mais multifacetado, em pleno processo de consolidação da globalização e de avanços tecnológicos, o grupo peca muito das vezes ao realizar coisas, que no bojo de seus ideais, sempre ajudaram a combater. Depredar ambientes públicos e privados, algo que acontece nesse momento nos protestos nos EUA, não deixa de ser táticas usadas pelo Facismo e Nazismo, nunca deixemos de lembrar da Noite dos Cristais.
(*) Natanael Castro, editor.
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