Andei observando que tem havido um "novo costume de velhos hábitos". Um que me chamou a atenção certo dia desses, foi a volta do relógio de bolso.
Antigamente era comum o uso dos relógios de bolso. Dos mais simples aos mais elaborados, haviam variados modelos. Aí, (se não me falhe o google) por volta de 1814 foi criado o relógio de pulso, o primeiro modelo de que se conhece, foi feito pelo relojoeiro Abraham Louis Bréguet, por encomenda de Carolina Murat, princesa de Nápoles e irmã de Napoleão Bonaparte. (Ao contrário do que eu pensava, Santos Dumont não o inventou e sim popularizou o seu uso entre os homens, já que era tido como adereço tipicamente feminino) Bom, de lá pra cá o relógio de pulso se tornou muito popular, reinou absoluto e suplantou seu antecessor de bolso.
Mas ultimamente, com o advento da alta tecnologia, tenho notado que está cada vez mais raro encontrar quem ainda use relógio de pulso. Certo dia estando eu sem relógio e como sou escravo do tempo, vivendo sob a chibata das horas, saí varrendo com os olhos as pessoas que passavam ao meu redor procurando se usavam relógio, mas nada... não vi um só cristão com esse bendito acessório, nem mesmo os velhinhos (hoje modernosos e metidos a garotões) já não usam mais tais apetrechos.
Tudo isso devido à volta triunfal do relógio de bolso. Não como antes, redondinhos, brilhosos e presos a correntinhas.... Mas ultramodernos, de tamanhos e modelos variados, com visores de led e telas 'touch screen', e já não se prendem somente a enfadonha tarefa de contar as horas, hoje em dia se pode fazer qualquer coisa com eles, até, acreditem, ligações telefônicas...
A gente chama hoje em dia de... Celular!
Jaime J Junior, é Designer Gráfico, Escritor.
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